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Hostel da Vila ocupa um espaço cercado de Mata Atlântica nativa

by Diego Bonel
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Quem se apaixona pela disputada Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, fica com aquela vontade de voltar para conhecer o que não deu tempo e viver novas experiências. São inúmeras praias, trilhas e há quem diga que tem uma cachoeira para cada dia do ano.

Há cinco anos no mercado, e com mais de 100 mil seguidores no Instagram, o Hostel da Vila a cada ano colabora para alimentar esse desejo com o lançamento de novos “quartos fora da caixa”, como eles gostam de chamar.

Para essa temporada eles foram buscar duas referências bem distintas: Os Yurts, construções dos povos nômades da Mongólia; e um Ônibus, de 1977, que remete às tão desejadas road trips, em que a galera monta uma casa sobre rodas e cai no mundo. 

Imagem interna do Yurt, no Hostel Da Vila, no litoral norte de São Paulo. Foto por Lucas BIanque.
Decoração mantém o clima rústico mas sem perder de vista o conforto. Paredes receberam tratamento térmico e acústico para garantir uma boa noite de sono. FOTO: Lucas Bianque – @artbianque

“NOSSA IDEIA É SEMPRE DIVERSIFICAR AS OPÇÕES DE HOSPEDAGENS NO HOSTEL. CRIAMOS ESSA TRADIÇÃO DE TODO ANO LANÇAR ALGO NOVO, A GALERA QUE ACOMPANHA O HOSTEL JÁ SABE E DE CERTA FORMA ATÉ COBRA ALGUMA NOVIDADE”, CONTA FELIPE GAMBA, UM DOS SÓCIOS DO EMPREENDIMENTO.

No final de 2020, quando o turismo ensaiava uma retomada, o hostel lançou duas hospedagens diferentes.

Foram três Domos Geodésicos, com vista para o céu da ilha e para o mar, e seis Tipis, cabanas inspiradas nas que eram usadas pelos povos originários da América do Norte.

Espalhados, em meio à Mata Atlântica nativa, ainda é possível viver a experiência de dormir em uma das Casas na Árvore; em uma Kombi Hippie cheia de cores e arte; e em um Veleiro, estacionado em meio às árvores.

Yurts foram adaptados para clima tropical

Os primeiros registros históricos de uma tenda Yurt foram feitos ainda na Grécia Antiga. Em 2013, a UNESCO classificou as construções como Patrimônio Cultural Imaterial da Mongólia.

Mas para se tornarem possíveis hospedagens no hostel, no Brasil e em meio à Mata Atlântica algumas adaptações foram necessárias. 

A estrutura de treliça de madeira arredondada foi mantida como nas construções originais. A cobertura, que na época era feia de pele de animais, foi substituída por lonas e as tendas receberam tratamento térmico e acústico.

Imagens dos Yurts, no Hostel da Vila, em Ilhabela, litoral norte de São Paulo. Foto tirada por Lucas Bianque.
Em um espaço de quase 9 mil metros quadrados cercados de Mata Atlântica nativa, eles abusam da criatividade para inovar nos quesitos experiência e integração com a natureza. FOTO: Lucas Bianque – @artbianque

Os três Yurts têm banheiro interno, ar condicionado e foram pensados para um casal, mas com um colchão extra cabe até três pessoas.

As diárias, dependendo do dia da semana e época do ano, custam a partir de R$ 250, com direito a café da manhã.

Privacidade, conforto e integração com a natureza. Acomodações diferenciadas são construções limpas e que respeitam o meio ambiente. FOTO: Lucas Bianque – @artbianque

Ônibus antigo ganha cores e uma reforma completa para virar quarto

Sabe aquela vontade de montar uma casa em um busão antigo e cair do mundo?

Assim como já fizeram com a Kombi Hippie e com o Veleiro, eles foram buscar um micro-ônibus de 1977 para restaurar e transformar na hospedagem que será aberta aos hóspedes durante o mês de janeiro.

Os traços e as cores do artista local @borisarts se destacam em meio à mata nativa. Até três pessoas poderão se hospedar nesse quarto, com diárias que saem a partir de R$250, com café da manhã incluso. FOTO: Lucas BIanque – @artbianque

Por enquanto é apenas assim que a gente consegue ver, camuflado entre as árvores que cercam todo o espaço do hostel. 

A parte interna, que ainda é segredo, com o trabalho da galera de manutenção do hostel ganhou uma cama de casal e uma de solteiro, ar condicionado (como já dá pra ver nesse flagra da montagem). O banheiro é privativo, mas fica do lado de fora do ônibus.

As diárias custam a partir de R$250, com café da manhã, mas os valores sofrem variações dependendo da época.

Quando os primeiros hóspedes chegarem, em janeiro, vai ser difícil acreditar que era assim que estava o ônibus. FOTO: Lucas Bianque – @artbianque

Cravado na Mata Atlântica, bar Floresta aposta na coquetelaria e comida consciente

O nome não é à toa e muito menos um exagero. Ao entrar no Hostel da Vila a natureza preservada é um brinde aos olhos.

É em meio a esse cenário que o recém inaugurado bar Floresta atrai hóspedes, locais e outros turistas que estão na ilha com um cardápio caprichado de bebidas, comidas e boa música.

É nesse novo espaço que viajantes e locais aproveitam as delícias do cardápio e da carta de drinks, além de curtirem a intensa agenda musical. FOTO: Lucas BIanque – @artbianque

O espaço que já era bem animado antes da pandemia, recebeu uma significativa ampliação que aumentou a área coberta e de circulação, além de um deck com redes em diferentes níveis.

“ASSIM COMO NO HOSTEL, NOSSA PROPOSTA É PROMOVER UMA ALIMENTAÇÃO QUE CONSIDERE O PLANETA E AMPLIE O PALADAR DE QUEM PASSA POR AQUI! COM OPÇÕES QUE INCLUEM INGREDIENTES LOCAIS E PRODUTOS ARTESANAIS FEITOS NA ILHA, NOSSA IDEIA É INCLUIR A TODOS, APRESENTAR NOVOS SABORES E MAIS UMA VEZ “SAIR DA CAIXA” NA HORA DE PENSAR NOSSA ALIMENTAÇÃO”.

O novo deck aproveitou a inclinação do terreno para criar diferentes ambientes de integração e redes suspensas bem disputadas. FOTO: Lucas Bianque – @artbianque

Quem quiser experimentar uma iguaria local a dica é a porção de Bolinhos de Taioba (R$22) uma hortaliça típica da Mata Atlântica; o clássico o Sanduíche de Pernil leva cheddar picante (R$32), e pode ser pedido na versão sem carne, feita com jaca verde colhida no próprio hostel; tem também o Choripan (R$31), tradicional da Argentina, que leva linguiça artesanal em uma baguete de fermentação natural feita na Ilha.

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Na carta de drinks, destaque para o Vila Mule (R$30), releitura do clássico Moscow Mule, e leva vodka, schrub de maracujá, limão, xarope de manjericão e espuma de gengibre; o brasileiríssimo Jambu Treme (R$30) feito com cachaça de jambu, acerola, limão, xarope de gengibre e fernet.

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O bar é aberto ao público e não precisa estar hospedado por lá para curtir. A agenda musical cultural é sempre divulgada no instagram do hostel e para saber sobre disponibilidade e valores é só entrar em contato pelas

Para saber mais sobre o hostel da vila, assim como disponibilidades para reservas, é só falar com eles pelas redes sociais ou fazer sua reserva diretamente no site do hostel.

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